quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ayrton - O herói revelado




O livro definitivo e mais contundente que li sobre  o Ayrton Senna foi  do jornalista Ernesto Rodrigues com o título dessa minha matéria, Ayrton, o Herói revelado (não deixem de ler). Nele o escritor não endeusa nosso mito, mas mostra que ao mesmo tempo que a obsessão era sua maior qualidade, era tambem um inimigo cruel dele mesmo. Nada, nem ninguem era mais importante para ele do que o automobilismo e suas vitórias. E por isso foi quem foi. Andou como andou, tirou leite de pedra de carros bem inferiores no grid. Hoje o que vemos é uma penca de pilotos burocráticos. O máximo que fazem é uma disputa breve no início do confronto entre os dois para saber quem será o primeiro piloto, relegando o outro ao cargo do segundo piloto, o trabalho mais árduo, os ajustes primários, as ultrapassagens no box, as "quebras" de marcha e coisas afins. Tenho um sentimento muito antagônico com relação a Fórmula 1. Da mesma forma que amo automobilismo mais do que qualquer outro esporte, acho a Fórmula 1 algo um tanto insosso. Antes que os amantes ferrenhos da F1 se alterem, deixem eu me explicar. A tecnologia é absurdamente maravilhosa, a logística é precisa, o evento um dos maiores do planeta e os carros são excelentes. Fora o barulho e o cheiro que são inconfundíveis. Só que hoje o fator humano é apenas uma "peça" a mais na engrenagem. Foi-se o tempo que um Ayrton Senna com uma modesta Lotus, podia ameaçar os ponteiros apenas porque chovia. Tudo bem, Ayrton era uma exceção. Estava um nível acima dos pilotos. Só que hoje, voce pode pegar um Vettel e um Michael Schumacher e colocar numa equipe nanica e me digam o que vão fazer. Eu digo, não farão nada. E para nós brasileiros a situação ainda é pior. Parece que nossos dois pilotos brazucas estão mais interessados em serem apenas mais um carro no grid, acomodados com suas situações, enquanto a promessa de um sobrenome por enquanto não está dizendo a que veio, apesar de seu esforço. Só uma coisa a dizer a Bruno Senna. Não conheço nenhum campeão mundial de F1 que seja bonzinho. Infelizmente para o esporte, ele é um ótimo menino.

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