segunda-feira, 31 de março de 2014

A fonte secreta de Interlagos

Em algum lugar dentro dos incontáveis metros quadrados de Interlagos deve, com certeza, haver mais um segredo. Assim como a lenda de motores jogados no lago; a história(verídica) de carros que saíam a rua para abastecer no posto de gasolina em frente, em corridas de longa duração; do carro de táxi que liderou forte uma corrida; de pilotos astutos que faziam um atalho entre as finadas curva 1 e 2, para cair na ferradura, e assim cortar valiosos metros, existe algo que não é falado, nem tampouco comentado pelas rodas formadas no padock.

Há, escondido em algum lugar desse "parque", uma Fonte da Juventude e de superpoderes. Local aonde "botas" se encontravam para trocar confidências mecânicas e de pilotagem. Local secretíssimo aos olhos até de pilotos amadores e outros curiosos.

É só ver o estilo desses senhores que permeiam esse texto. Jan Balder, Bird Clemente, Chiquinho Lameirão e Anísio Campos. Mesmo que nem todos se destacaram como  pilotos (Anísio Campos, Ferreirinha, Tchê), algum segredo existe para que alguns outros possam ter  direito ao acesso a esse secreto local.

Não falo pela inexistência de cabelos brancos e rugas. Isso é inerente ao ser humano. É a ordem natural das coisas. Falo pelo fato, de espíritos que não envelhecerão nunca. Quem frequenta assiduamente Interlagos e, porventura tem a chance de encontrar alguns Mestres desses, passeando pelos boxes, logo entende o que falo. Quando muitos deles, tem idade para serem tranquilos vovôs, que ficariam cuidando de seus netinhos, tomando sopinha e vendo TV com um cobertorzinho cobrindo as pernas, o que vemos são "garotos" que se reúnem com demais pilotos numa conversa animada e descontraída, aonde sorrisos soltos são vistos em profusão. Pessoas que, não fosse pela voz, ou pelos cabelos brancos, ou ausência deles, passariam tranquilamente por "adolescentes" apaixonados pelo esporte que  escolheram para se apaixonar.
Pessoas que devem ser exemplos de juventude eterna, e na qual procuro me espelhar.
Só me resta saber agora, aonde fica essa secreta fonte. Vida longa aos jovens decanos do automobilismo. E que esse brilho nos olhos ao falar de automobilismo, nunca se apague.
E confessem apenas para mim; Aonde é a tal fonte??

quarta-feira, 26 de março de 2014

NÃO são apenas R$ 50,00. É pela dignidade e pelo respeito ao cliente




Caros amigos amantes do automobilismo paulista. Nesse início de ano fomos agraciados com uma surpresa do nosso querido órgão regulador, a FASP. Numa atitude chicaneira, vieram passar o pires, nos pedindo R$ 50,00 por piloto, para que pudessem arcar com as despesas oriundas de acidentes nas proteções do autódromo de Interlagos. Além de estupefato, fiquei indignado. Primeiro, a cobrança por parte do locador (SP Turis) é justa. O locatário (clubes de automobilismo) causa algum dano ou prejuízo no imóvel locado deve fazer a reparação ao contento do locador. Até aí nada demais. Essa prática nunca foi efetuada pelo locador, o que fez com que o locatário se descuidasse em um item muito importante que explico a seguir.
            Vamos agora falar de ESTATUTO. Para aqueles que não entendem muito bem essa dinâmica Clubes de automobilismo/FASP vou tentar explicar. A Fasp cede para um Clube de automobilismo a organização do evento em cada etapa. Esse mesmo Clube repassa para a FASP um percentual do arrecadado com inscrições, ficando com a grande parte da receita e todas as despesas. Até aí nada demais. Só que esses Clubes devem seguir o ESTATUTO da FASP. E Nesse mesmo estatuto no parágrafo terceiro do Artigo 55 diz assim:
O clube organizador será responsável civil e criminalmente por todo e qualquer acidente que ocorrer durante a competição devendo, por garantia, possuir seguro contra terceiros em todos os eventos organizados, isentando a FASP de qualquer responsabilidade   nas realizações dos eventos sendo responsável por toda e qualquer despesa que esta venha a ter em função de eventuais acidentes.” 
E aí a cobra fumou. Ou, os Clubes não têm um seguro compatível, ou estão agindo de má-fé. Está escrito no Estatuto da FASP.
Se não tem condições de pagar um seguro, é outra questão. No momento estou vendo a questão legal. E nesse campo, essa cobrança é totalmente ilegal.
Na primeira etapa após a invenção dessa taxa, fomos isentados da cobrança, mas foi afirmado pelo representante da FASP que seria cobrada mais adiante. Como que “beneficiados” por não pagarmos o que não devemos. Já pagamos a inscrição, para termos péssimas instalações, horários absurdos e um sem fim de desmandos. Quando vão entender que somos o maior patrimônio da Federação e dos Clubes?
Fui consultar um experiente técnico no assunto que nem se prolongou por demais. É ILEGAL.
Portanto, peço encarecidamente a nossa gloriosa Federação que, num lume de sabedoria, respeito e legalidade, extingua por vez essa cobrança absurda, evitando pendengas jurídicas, que só trarão mais custos a esse órgão.

A Cobrança é ILEGAL, IMORAL E DESRESPEITOSA.


terça-feira, 25 de março de 2014

Voltando à Pista


Após um longo tempo hibernando, o Blog Piloto de Carro está de volta e em breve, com muitas novidades.
Vamos falar como sempre de automobilismo em geral, tendo foco maior no automobilismo paulista e mais precisamente na Fórmula Vee Brasil. A categoria, que em 2014 renasce após uma cisão vem com força total após um início de ano de recuperação. Vamos para a Quarta etapa do Campeonato Paulista almejando um grid maior, e com carros mais resistentes. Novidades estão no alvo, só aguardando algumas confirmações

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Bomba!!! Bomba!!!

Com as palavras do título gostaria de anunciar que, a Fórmula Vee Brazil, conquistou, como mediadora,
feito inédito no automobilismo nacional. Através de uma empresa interessada, foi conseguido um pacote de apoio promocional para 20 pilotos proprietários escolhidos. Estes pilotos serão contemplados com um pacote de atualização dos bólidos, além de inscrição e combustível para as corridas. Não tenho notícia de algo parecido no automobilismo tupiniquim, nem nas mais bem geridas categorias. Prova mais uma vez que, quem se interessou pela Fórmula Vee, lá atrás, época de meia dúzia de apaixonados no grid, estava no caminho certo.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Esforço Humano Mental, Braçal e Burocrático


       


 Sei que muitos, ao lerem esse artigo,  vão achá-lo de um "puxa-saquismo" explícito. Aliás o termo "puxa-saco" vem originariamente dos índios que habitavam nossa "terra Brasilis" que, durante a colonização, carregavam os sacos de roupas e pertences dos portugueses que desembarcavam no litoral, rumo as recém criadas vilas do planalto. Assim reza a lenda. Pois voltando ao texto, gostaria de me explicar. Não se trata de uma ação de "puxa-sacar" nada, mas sim dar o devido valor a quem administra uma categoria.
          Pegarei como exemplo, os escapamentos do nosso F-Vee. Após um ano e tanto de categoria, o item escapamento, vem nos incomodando desde seu início. Coisas mais prementes, impediu a administração (Sr. Roberto Zullino e Sr. Joaquim Lopes) de dar o devido cuidado a peça. Com tubos de tamanhos diferentes, de difícil instalação, atrapalhando a suspensão e fora da ordem correta de explosão, essa peça estava com os dias contados, pois era motivo de críticas por grande parte dos pilotos. Isso sem contar o quesito segurança, aonde aquela peça serviria de "lança" caso ocorresse uma batida traseira em "T".
          Pois bem, antevendo o pior, e sem dar sorte ao azar, após um julgamento final, culpando os escapes, os pilotos e a administração chegaram ao acordo que era hora de mudar. Aos pilotos coube o mérito da reclamação, da insistência e da perseverança. E ponto. Aí começa o trabalho dos organizadores. Roberto Zullino vem até a Scuderia Cobeio pegar o carro da F-Vee para levá-lo ao Giba escapes. Fórmula preso a carreta, carreta engatada no carro, carro rumando para São Bernardo. Após 22 Km no trânsito fulgurante de São Paulo e adjacências, aporta o carro na fábrica da Giba escapes. Conversas com Giba e Luís sobre o que fazer com a peça e inverter operação. Carreta desengatada do carro, Fórmula solto da carreta, carreta engatada no carro e retorno a São Paulo. Após três dias, ligação do Giba, nova ida a São Bernardo para ver o formato da peça. Ainda sem as soldas definitivas, apenas apontado, Sr. Cláudio Cobeio e Zullino rumam novamente a Giba escapes. Conferem a peça, realizam alguns pequenos ajustes daqui e dali, e novo retorno. Mais quatro dias e nova ida ao ninho dos escapes. Dessa vez para conferir o trabalho semi-pronto, realizar mais algumas pequenas mudanças, contando com a presença do tambem administrador da Vee, Joaquim Lopes. Vocês pensam que acabou? Não. No sábado próximo, com o possível escapamento definitivo, a organização da categoria, juntamente com Cláudio Cobeio, voltam ao Giba, carreta engatada no carro e etc, etc, etc e levam o carro, já com o novo escape instalado, para testarem no dinamômetro o real ganho de potência e escolhermos a corneta ideal entre algumas de teste, fabricadas para esse fim.
          Ah sim, agora acabou né? É só passar o carro no dinamômetro e mandar a linha de produção iniciar a fabricação dos novos escapes ? Não, para ser autorizado pelos órgãos competentes (CBA, FASP e etc), é necessário redigir um adendo, especificando as mudanças na peça, dando sua descrição detalhada e explanando o porque das mudanças.
          Aí sim o serviço de quem gera a categoria vai se dar por concluído.
         
          Esse texto teve por objetivo, elucidar aos pilotos da categoria e aos demais esportistas do nosso amado esporte, que, se as coisas nem sempre correm no ritmo que deveria, existe um real motivo para isso. Qualquer simples alteração, tem que se encontrar o fornecedor, criar, desenhar, acompanhar, testar, homologar, para só então ser inserida nos carros.
          Pense nisso na hora de achar que os organizadores estão fazendo corpo mole porque já estão montados na grana. Doce ilusão cara-pálida.

P.S.: o escapamento das fotos acima ainda é o antigo. O novo escape será uma surpresa. Aguardem.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Aconteceu o Big One.

Acidente na F-Vee prova a segurança do chassis e a seriedade da categoria.


Após quase 2 anos desde o ressurgimento da categoria, sempre pairava sobre todos os envolvidos, quando aconteceria algum acidente sério. Claro que ninguém queria que acontecesse. Mas em se tratando de corridas, os acidentes fazem parte do cotidiano. Tanto pairava sobre nós e nos rondava que esse acidente já tinha até nome antes mesmo de acontecer: Big One. O acidente de "respeito". Alguns pequenos acidentes aconteceram no decorrer das corridas. Uma mão luxada aqui, um vergão de cinto ali, mas nada demais, ainda bem. Esses acidentes não eram dignos do "Big One". Esse teria que ser um acidente para colocar a prova todo o tempo de testes, a experiência do resgate, e claro, escrever dele como um "teste de sobrevivência" realizado com sucesso. E foi assim. Para participar dessa árdua tarefa, obviamente ninguém se voluntariou. Coube ao piloto soteropolitano Raphael Soares ser "sorteado" para tal fim. As imagens falam tudo. O carro capotou respeitosamente e parou na posição de corrida, como se quisesse voltar para a pista para disputar as posições... Infelizmente não dava... O piloto precisava de cuidados e o carro também. Suspensão dianteira avariada e o Santo Antonio com algumas gramas a menos, deixados na pista por alguns metros arrastados não deixava o Veezinho voltar para o seu habitat natural. O piloto teve atendimento após meros 7 segundos pelo medical Car e 11 segundos pelo resgate, provando que, equipes bem treinadas só podem trabalhar com maestria. Assistam aos vídeos, vejam as fotos do nosso amigo e fotógrafo onipresente Rodrigo Ruiz e tirem suas conclusões.

http://www.youtube.com/watch?v=XvpTJdnldyQ&feature=youtu.be
Vídeo On Board do carro de Fernando Monis.


http://www.youtube.com/watch?v=6L5LGpP7IPw

Vídeo realizado por Rodrigo Daprá








Foto: E ai, vai encarar?

terça-feira, 8 de maio de 2012



O Blog PDC entrevista o piloto e dono de equipe Sérgio Silva. Nessa entrevista o aficcionado sobre competições fala sobre sua categoria, a Fórmula Vee.

Conte-nos um pouco da sua trajetória.


Comecei a acompanhar o automobilismo no fim dos anos 70 e início dos anos 80. Ia ao autódromo assistir as corridas no muro da Curva 3 do traçado antigo. Aquilo despertou minha paixão, mas a vida sempre acaba nos impondo outras prioridades. Só depois de adulto pude realizar uma parte do meu sonho, disputando o Campeonato Paulista e Kart Granja Vianna, me sagrando campeão na categoria Sport B e tambem fazendo meu primeiro curso de Pilotagem. Trabalhei como instrutor de pilotagem, junto a uma empresa de eventos automobilísticos, executando cursos para grandes montadoras e fábrica de autopeças. Mas daí vem as prioridades e precisamos corrigir um pouco a rota. Me afastei por alguns anos e com o ressurgimento da Fórmula Vee, encontrei o que procurava e "casava" exatamente com meu orçamento e meu sonho.

E porque a Fórmula Vee ?

A F-Vee tem a melhor relação custo/ benefício do automobilismo brasileiro. Um orçamento girando em torno de R$ 1700,00 por corrida, para quem tem o carro, é irrisório quando a conversa é automobilismo. Mas não é só isso. Por esse valor, temos um carro moderno, com um projeto ousado e seguro, uma categoria com mais de 20 carros no grid, se tornando a maior categoria de fórmulas do Brasil e um campeonato disputadíssimo, aonde, não raro, 3 ou mais pilotos terminam a prova com diferença de décimos de segundo. Preciso dizer mais? Então está bem. A categoria faz investimentos incessantes para se tornar a maior categoria de carros de corrida do país.


E qual sua perspectiva para a categoria para esse ano?

Esse ano deixei um pouco de lado o cargo de "chefe de equipe" e vou estrear no ano como piloto. Estamos finalizando o motor do carro e a expectativa é de chegar no fim do ano entre os 6 primeiros mesmo entrando no meio do campeonato, e brigar para ficar entre os 3 primeiros nas corridas restantes. Sei que é um objetivo um tanto ousado, com tanta gente boa andando na categoria,  mas o foco agora é esse. Estamos desenvolvendo na Cobeio Car, com o Claudio Cobeio, um carro, pensando no todo da coisa e não apenas no motor. Acredito que aí pode estar o diferencial. Mais do que isso é segredo de equipe. (risos). Espero que tudo saia conforme o planejado e conto com a torcida de voce, caro leitor. Para quem quiser assistir a categoria dos boxes, é só entrar em contato comigo pelo Facebook ou pelo meu celular.

Valeu

Abraços

Sérgio Silva
Cel.: 9974-3111