quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Paixão sobre Automobilismo

Quarta-feira à noite, um grupo de 12 pessoas se reúne em volta de uma mesa num dos inúmeros bares da cidade. A TV anuncia o jogo megaultrablaster fabuloso do Brasil versus Argentina. O ambiente é agradável, a cerveja é gelada e os petiscos bem apetitosos. Mais pessoas vão se chegando e se posicionando em posições estratégicas para acompanhar a partida. O grupo continua seu papo animado sem se dar conta que o jogo já começou. Claro, o assunto aí é outro: Automobilismo, mais especificamente a Fórmula Vee. Trata-se de mais um encontro after race da nossa categoria, dessa vez, comentando, discutindo e debatendo sobre a primeira etapa da Copa Mobil de Fórmula Vee realizada em Piracicaba
O que faz pessoas se deslocarem por até 300 km para encontrar amigos e falar sobre automobilismo só pode ter um nome: paixão. E essa mesma paixão está fazendo a categoria evoluir a olhos vistos, despertando interesse de pilotos, patrocinadores organizadores do automobilismo nacional. A primeira corrida no começo de 2011 teve sete participantes heróicos. Dos sete, apenas quatro terminaram sem nenhum problema mais grave. Mesmo assim, vazamentos e outros pequenos problemas estiverem presentes em todos pequenos bólidos.
Agora a coisa é outra. Na última etapa do Campeonato Paulista, 17 Vees alinharam no grid e 15 terminaram a prova, sendo que um se acidentou sem gravidade, mas ficou fora da linha de chegada.
Na primeira corrida da Copa Mobil, em Piracicaba, 14 carros alinharam e 12 chegaram ao fim. Os carros não apresentaram os problemas iniciais e dos 12, pelo menos 8 se espremiam no mesmo segundo. Qual a fórmula para que isso ocorra? Paixão de todos envolvidos. Paixão essa demonstrada nos debates, às vezes acalorados, da mesa do bar escolhido para o encontro. Injeção eletrônica, freios, suspensão, regulamento desportivo, iam passeando entre bolinhos de carne, pastéis e copos.
Ao fim de tudo, indo de volta para minha casa, só me despertou um aviso que vou fazer agora aos possíveis candidatos a entrarem na categoria. Tenham disponibilidade financeira, que é até bem modesta no rol do nosso esporte, conhecimento técnico, que não é necessário nenhum engenheiro ou mecânico especializado, mas acima de tudo, tenham amor àquilo que pretendam fazer. E por incrível que pareça, esperamos que saibam conviver em família, pois é isso que a Fórmula Vee está se tornando. Uma família bem sucedida.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ingo Hoffmann no PdC

Construindo uma tradição, o blog Piloto de Carro continua seu garimpo com grandes astros do automobilismo e qual não foi nossa surpresa ao obter as tres perguntas do pluricampeão Ingo Hoffmann.
Aí vai


1- Qual a sua ligação hoje com o automobilismo?
Hoje eu somente trabalho na Mini Chellenge, onde sou o padrinho da Categoria, e guio o carro de volta rapida para os convidados.
2- Voce hoje possui uma ONG. Essa Ong tem alguma ligação com automobilismo? 
 A grande maioria dos recursos, tanto para a constução, como  agora para a manutenção, vem de amigos do automobilismo, ou seja, empresas ligadas ao Automobilismo, pessoas ligadas ao Automobilismo, e graças a visibilidade que o Automobilismo me deu , para captar recursos, com pessoas / empresas que não tem nada ha ver com o Automobilismo.
3- O que voce faria para trazer mais públicos aos autódromos? Tirando a Stock e a Truck, as demais categorias correm com autódromos praticamente vazios...
 O principal é a divulgação. O problema é que fora a Stock e Truck, poucas gastam em divulgação, o que deve ser gasto. Se o publico em geral não sabe que vai ter corrida, não vai aos Autodromos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pedestre – Esse Bípede Bipolar


Venho notando uma reação, no mínimo estranha, por parte dos pedestres da nossa capital paulista. Após a regulamentação da lei que protege o pedestre ao atravessar a faixa, lei essa que seria desnecessária se todos tivessem a educação que dizem ter, o pedestre, que antes fugia dos carros, agora os enfrenta com até certa arrogância. Outro dia, um conhecido estava numa avenida muito movimentada e surgiu um pedestre no meio da rua, com a mão impostada num “Ave César”, obrigando o motorista meu amigo a parar. Só que a avenida era de alta velocidade, com inúmeros carros atrás num ritmo frenético, o que impediu que meu amigo parasse. Foi xingado pelo pedestre e ainda recebeu uma reprimenda avisando-o que ali era a faixa de pedestre além de um belo tapa no seu espelho retrovisor.
         A faixa de pedestre se transformou em uma “bolha” inviolável. Já estou vendo pedestres tomando sol e fazendo churrasco numa Avenida Paulista enlouquecida. Nós mesmos, motoristas atuais, nascemos pedestres. Alguns ainda são pedestres eventuais. Eu, especificamente, ando muito a pé. E confesso que já tive vontade, de embasado nessa nova lei, dar um ou outro grito com um motorista mais desavisado.
         Acho que devemos pensar num meio termo. A educação do cidadão seja ele, motorista, pedestre ou qualquer outro tem que vir de casa. A pessoa não pode se vangloriar de ter andado no acostamento enquanto a maioria dos carros, bovinamente enfrenta o congestionamento como a espera de um matadouro. O pedestre por sua vez, não pode ficar agarrado a um poste como um bicho de selva amedrontado ao ver a presença humana. Tem de haver entendimento, educação, oportunidade e acima de tudo bom senso. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Apresentador e comentarista Roberto Figueroa no "Piloto de carro"



O apresentador do programa Curva do S, do canal Speed, Roberto Figueroa,  respondeu a três perguntas sobre automobilismo. Confira abaixo.

1- Qual o trabalho que voce acha que deve ser feito para atrair público as pistas. Com a exceção de 2 categorias (Stock e Truck), a grande maioria vive claudicando de público na arquibancada.

       Sem imprensa, nâo existe público. Os organizadores dos eventos deveriam SEMPRE dedicar uma parte do orçamento para anuncios em jornais e televisâo. Uma vez "comprando" espaço, viria a cobrança de matérias com resultados e uma expectativa do público em geral de saber e conhecer as diferentes categorias.


2- Voce acha que daria certo uma pista oval no Brasil?

 Uma pista oval com uma parte interna para misto, na minha opiniâo, daria muito certo. No começo deste ano surgiu um comentario de uma pista assim sendo construida num hipodromo abandonado....a ideia é otima e parmanece ainda sendo só uma ideia...



3- Quais os seus planos para o ano que vem?

Ir ver o Colorado jogar a final da libertadores..rsrsrs

sábado, 24 de setembro de 2011

Rodrigo Navarro nos dá a honra de responder a 3 perguntas





Ele já correu de Kart, foi campeão de marcas em 2004, correu na Itaipava GT Brasil, disputou a Copa Montana, categoria de acesso da Stock Car, categoria que estreou em 2011. Com o patrocínio da Qualicorp, Rodrigo Navarro corre pel JF Racing.  Com a simpatia e a atenção de sempre "Navarrinho" respondeu nossas 3 perguntas.

1- Qual a maior dificuldade em se conseguir patrocínio?

 Sem dúvida nenhuma, as maiores dificuldades para se conseguir patrocínio, são:
A-) A falta de uma política de incentivo fiscal, que torne mais atraente para as médias empresas investirem no esporte a motor. Hj, apenas as grandes empresas tem um faturamento significativo para justificarem o investimento. Se houvesse uma política fiscal onde os médios empresários poderiam participar mais ativamente, resultando assim em benefícios ao esporte e também à visibilidade e aumento da competitividade dessas empresas.

Isso viabilizaria bastente o ingresso de novos pilotos, que tem talento, mas nao tem acesso às grandes empresas...

B-)B-) Falta de visibilidade das categorias de base. Hoje temos algumas categorias como a Stock Car, que é uma excelente plataforma de mídia, mas temos outras dezenas de campeonatos nacionais e regionais que não são televisionadas, o que dificulta bastante a captaçao de patrocínio
.


  • 2- Quais as suas metas futuras no esporte?






  • Chegar à Stock Car, foi um àrduo caminho, passando por diversas categorias regionais e nacionais, mas "chegar é uma coisa, ganhar é outra". A Stock Car é sem dúvida a categoria de maior nível técnico e equilíbrio do Brasil. Em algumas provas, os 32 carros ficam dentro do mesmo segundo na classificação, portanto, tenho um longo e àrduo caminho nesse aprendizado, para me solidificar e disputar o título do campeonato.




  • 3- O que voce acha que pode ser feito para melhorar o publico nos autodromos? Tirando a Stock, que voce corre, e a Truck, a grande maioria dos eventos tem pouquíssimo publico...






  • Acho que tudo está ligado à primeira pergunta! Tudo depende de dinheiro, investimento em mídia! As pessoas querem torcer por pilotos que elas conhecem, que simpatizam e se identificam. Querem torcer por carros bonitos, carros dos sonhos, mas pra isso, a divulgação e investimento em equipes, pilotos e mídia é fundamental!
    Eu não consigo entender como não há um incentivo fiscal aos Sites, Revistas, Jornais, Blogs, etc... Esses meios de comunicação, além, é claro da Televisão, são vitais para a consolidação de uma categoria. Nos últimos 15 anos, ví inúmeros Sites, Revistas e Jornaizinhos morrerem, por falta de verba para se manterem, pois, ao invés de investimentos de empresas, dependiam de "verba" dos próprios pilotos, que virava um ciclo de falta de verba...

    sexta-feira, 23 de setembro de 2011

    Tres perguntas para Darcio dos Santos

    Ele já foi piloto da antiga Fórmula Vw 1300 e 1600cc. Já pilotou F-2 e F-3. Já foi campeão de kart e de automóvel. Já teve equipes de fórmula. É tio de Rubens Barrichello.Nasceu numa casa entre as antigas curvas 1 e 2 do Autódromo de Interlagos. Com essa ligação estreita com o automobilismo, faço a estréia da série de perguntas a pessoas envolvidas com o automobilismo com a certeza de ter escolhido a pessoa certa. Obrigado Darcio.

    1- Na sua opinião, qual o futuro do automobilismo interno e o que deve ser feito para mudar positivamente.
    Tem categorias que estao indo bem, outras não. Opino que deve ter um bom apoio de montadoras para seguir em frente. Vcs lembram da F-Ford ou da F-VW ? Foi sucesso nos anos 70.


    2- Dê o palpite, qual o próximo piloto brasileiro na Fórmula 1
    Torço muito por todos os brasileiros, principalmente aqueles que largaram tudo e foram viver na Europa para tentarem um dia chegar à Cat TOP. O melhor preparado é o Lucas di Grassi, tem o Razia (Luiz Razia), Nasr (Luiz Felipe Nasr) e vários outros que merecem...


    3- Quais categorias voce acompanha.
    Eu praticamente acompanho a maioria das categorias, tenho vários amigos em todas, porem gosto mesmo é da F-3. Se eu pudesse colocaria um carro na sala de casa.

    quarta-feira, 21 de setembro de 2011

    Vídeo da largada da Sexta Etapa Interlagos by Paulo Yagi

    https://www.facebook.com/video/video.php?v=154526317963401&comments

    Proposta Patrocínio Deo Alves

    Proposta

    Prezados Senhores;
    Estamos apresentando solicitação de patrocínio para participação nas provas do Campeonato Paulista de Formula Vee 2012 e COPA MOBIL de FORMULA VEE 2011.
    O patrocínio esportivo é um dos melhores meios de divulgação e exposição de marcas e produtos junto a um universo cada vez maior de pessoas, jovens e adultos, que se interessam por uma vida mais prazerosa e socialmente ativa.
    O automobilismo tem sido nos últimos anos, o esporte que melhor associa a imagem de status, tecnologia e credibilidade das empresas patrocinadoras junto a seus clientes, funcionários e fornecedores.
    O desafio das pistas tem sido exemplo e motivação para equipes de vendas no sentido de alcançar metas e a tecnologia cada vez maior dos carros e equipamentos associada à agilidade das equipes e ao "glamour" das competições, tem contribuído efetivamente para imagem de solidez e status de todas as companhias envolvidas.
    Com uma extensa programação para 2011/2012, onde se inclui o Campeonato Paulista de Formula Vee e a COPA MOBIL o piloto mineiro Deo Alves também estará disputando o Campeonato Mineiro de Kart na categoria F400, e realizando os testes preparatórios para as 24 Horas de Le Mans uma das mais importantes competições do automobilismo mundial.
    Esta proposta compreende a participação no "Campeonato Paulista de Formula Vee 2012" e "COPA MOBIL DE FORMULA VEE BRAZIL 2011"
    * Para os outros eventos acima citados "Campeonato Mineiro de Kart F400" e a prova "24 Horas de Le Mans, favor entrar em contato para viabilização de patrocínios.
    Campeonato Paulista de Formula Vee Brazil
    O Campeonato Paulista de Formula Vee, retorna ao calendário automobilístico brasileiro, com a mesma proposta dos anos em que foi disputado como principal categoria de Formula aqui no Brasil. Nos anos 70, a categoria revelou para o mundo todo o talento do Tri Campeão Mundial de Formula 1 Nelson Piquet. A Formula Vee, de baixíssimo custo, utiliza chassis tubulares e motores Volkswagen 1600. A igualdade de equipamento proporciona excelentes disputas num show de ultrapassagens. Exemplo puro de competitividade e garantia de grandes espetáculos.
    10 etapas vão compor o *calendário 2012 entre os meses de Março a Dezembro *OBS: Calendário ainda à ser divulgado
    Retorno Visual
    Como forma de divulgação e valorização da imagem dos patrocinadores a DAMSbrasil, oferece a estas empresas a aplicação de suas logomarcas na programação visual dos carros de corrida (Formula Vee), na programação visual do box, uniformes, equipamentos e veículos de apóio da equipe durante o campeonato, além do uniforme e capacete do piloto.
    Retorno Comercial
    A empresa patrocinadora poderá sub-locar os espaços contratados, com a clara intenção de obter lucros, em dinheiro, desde que respeitando-se os espaços já contratados conforme acima citado. (Ex: A Benetton é a empresa que melhor se destaca neste aspecto. Além de toda a publicidade que faz de seus produtos, gera receita com a venda de espaços em seus carros).
    Retorno de Mídia
    Os principais veículos de comunicação do Brasil fazem a cobertura dos eventos. A DAMSbrasil, promoverá o piloto Deo Alves e seus patrocinadores, através do envio de releases e material fotográfico a toda a imprensa brasileira, assim como fará o agendamento de entrevistas do piloto junto aos principais meios de comunicação.
    O retorno de mídia obtido ao patrocinar uma equipe profissional, com estrutura própria de marketing e assessoria de imprensa, reporta a um valor (custo/beneficio) muitas vezes maior que o investimento inicial o que torna o automobilismo, um veiculo de comunicação altamente vantajoso se considerarmos que se trata de uma mídia espontânea. Os altos custos de veiculação nos meios de comunicação (jornais, revistas,Tv, Internet, rádios) tornariam uma campanha anual muitas vezes inviável. Ao patrocinar uma equipe, além de se usufruir de toda uma mídia espontânea cria-se imediatamente uma identificação com o publico consumidor, tornando-se uma ferramenta poderosa de marketing, junto a funcionários, clientes e fornecedores como já mencionado, culminando numa imagem forte e sólida junto ao universo de suas atuações. Junta-se a esses benefícios a imagem de simpatia e o fortalecimento de sua participação social vinculada ao incentivo ao esporte.
    Como forma de obter os resultados mencionados, a DAMSbrasil, além de toda a programação visual acima descrita, fará a distribuição e divulgação de "releases"e material fotográfico a toda a imprensa brasileira (inclusive jornais de cidades do interior), promovendo a participação do piloto e seus patrocinadores em cada um dos eventos programados. A empresa também apresentará mensalmente aos patrocinadores um "clipping", contendo o material divulgado (fotos e reportagens) pela imprensa, para posterior avaliação do retorno obtido.
    Valor do Patrocínio
    Entre em contato com nosso departamento comercial em Belo Horizonte deo@deoalves.com ou ligue:
    0xx31 9911 8989 Skype: damsbrasil

    terça-feira, 20 de setembro de 2011

    Acidente nos treinos e polêmica das vistorias

    Acidente nos treinos e polêmica das vistorias pós-corrida.

                Para começar a coluna de hoje vamos falar do acidente nos treinos da Sexta-feira, dia 15/09. Como havia dito na coluna anterior, a pista de Piracicaba não permite erros. Diferentemente de Interlagos, aonde a área de escape dá para acabar um tanque de gasolina até o carro parar, na ECPA a coisa é diferente. O muro sempre está perto, mas nada que comprometa a segurança, apenas exige atenção o tempo todo do piloto e expõe ao risco inerente do esporte.
                No início do segundo treino do dia, o piloto Eduardo Moreira, entrou no curvão da entrada da reta principal pela primeira vez, com os pneus ainda frios. Conforme foi contornando a curva o carro foi saindo de frente quase que imperceptivelmente e na junção do fim da curva e entrada da reta, tocou com o pneu traseiro esquerdo na barreira de proteção de pneus. Esse toque de traseira fez o carro ricochetear e bater com o bico no muro da reta do lado esquerdo. A forte pancada refletiu no volante, atingindo a mão do piloto do carro (00) da Vee. Tirando o forte inchaço da mão (fissura em 3 lugares), e a caixa de direção quebrada, nada de mais grave aconteceu, deixando apenas o piloto, de fora da disputa do sábado.
                O segundo assunto dessa coluna fica com a vistoria técnica após a corrida. Com a vitória de Rodrigo Rosset, o segundo lugar de Bruno Leme e o terceiro de André Nohra, o comissário desportivo da FASP presente ao evento, Sr. José Roberto Ricciardi, pediu a desmontagem completa dos motores dos três primeiros para verificação completa da conformidade com o regulamento da categoria. Houve reclamação por parte dos dois primeiros. As equipes dos pilotos Rodrigo Rosset e Bruno Leme alegavam que estavam lá por divertimento e haviam montado o motor na semana que antecedeu a prova e não iriam desmontar o motor novamente, pois isso oneraria demais numa categoria que nasceu com o intuito principal de tornar acessível o automobilismo como esporte. Isso fora o fato de todo trabalho ter que ser executado novamente exigindo competência, paciência e habilidade. Bom, esses foram os fatos que todos que estavam no autódromo de Piracicaba presenciaram. Agora, vamos a análise dos fatos.
                Com relação a primeira alegação dos pilotos fica o seguinte: todos os pilotos que estavam lá foram com o intuito de se divertirem, já que não há que eu saiba nenhum piloto profissional entre nossos concorrentes. A segunda alegação, de caráter monetário, vem abaixo, quando se sabe que o patrocinador principal da Copa, a Mobil, ofereceu premiação aos três primeiros colocados ao término do curto certame. Premiação essa, que se não enriquece nenhum participante, dá com folga para custear os custos de uma remontagem de motor. Quanto ao terceiro quesito alegado pelos pilotos, de que necessitariam de competência, paciência e habilidade para uma nova montagem, sabemos que, tanto a equipe do piloto Rodrigo Rosset quanto a equipe do piloto Bruno Leme, tem esses requisitos de sobra. Fora todas essas defesas das alegações dos pilotos, gostaria de salientar um único detalhe. Mesmo que não houvesse premiação em dinheiro, mesmo que se tratasse de equipes inexperientes, de pouca competência e paciência, ainda assim, ao inscreverem seus carros para alinhar na corrida, assinaram uma ficha de inscrição, na qual se submetiam ao mesmo regulamento da categoria que é utilizado no Campeonato Paulista de Fórmula Vee. Só essa questão, já anula toda e qualquer alegação anterior supra citada.
                Só para finalizar, o carro do piloto Rodrigo Rosset, foi retirado do parque fechado sem a vistoria, o que causou a desclassificação do piloto, tornando o piloto Bruno Leme o vencedor da primeira etapa da Copa Mobil de Fórmula Vee, que, apesar da insistência da não abertura do motor, acabou por fazê-lo, provando que seu carro estava em conformidade com o regulamento no quesito motor. E assim terminou a primeira etapa da Copa Mobil de Formula Vee. Nos vemos em 15 de outubro na segunda etapa, aonde estamos preparando mais ações de marketing por parte do nosso patrocinador para incrementar ainda mais o evento e apimentar a disputa.

    segunda-feira, 19 de setembro de 2011

    Copa Mobil de Fórmula Vee - 1

    Diário de piloto

    Após um mês de preparativos, acordei nesta Sexta-feira, 15 de setembro, com ansiedade e parti com meu preparador e fiel escudeiro Cláudio Cobeio, rumo a Piracicaba para a primeira etapa da Copa Mobil de Fórmula Vee.
    Com a incumbência por parte da Organização da Vee em tentar achar uma solução para o conjunto amortecedor e mola traseiro do Vee, fomos com algumas modificações. Com uma mola cortada de suspensão traseira de Volkswagen Quantum montada sobre o amortecedor da moto Honda Twister 250cc, o intuito era de amolecer a traseira e impedir que o carro destracionasse.
    Ao chegar ao ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo),  minha primeira impressão foi de um traçado perigoso, curtíssimo e sem graça. Algumas reformas em andamento no autódromo davam um certo ar de “provisório” o que aumentou ainda mais minha má impressão. Com o passar do tempo e vendo os carros andarem na pista, minha impressão sobre o traçado só me deixava mais apreensivo. Após os ajustes de praxe, Box aberto, lá fui eu para a pista...Logo na saída do box um mergulho nos leva a uma curva aberta de duas tangências com a entrada do miolo bem fechada num “S” de baixa. Saída do “S” com curva a esquerda e subida em terceira marcha no formulinha. Nova curva a esquerda e pé embaixo em quarta marcha na reta oposta com freada brusca para curva a 90º à esquerda. Nova aceleração e freada forte para a parte mais técnica do circuito. Uma chicane bem curta e uma ferradura à direita, aonde os Vee sofreram. Quase ninguém acertava esse trecho. Pé embaixo de novo, descida, subida, freada média forte e entrada no curvão que antecede a grande reta. No fim da grande reta uma curva capiciosa à direita com o mergulho da saída dos boxes. Pronto, estava dada a primeira volta. Hora de afundar um pouco o pé e tentar achar os limites do carro. Uma, duas, três, quatro, cinco rodadas na primeira sessão de treinos, me mostrava que o caminho seria ainda mais árduo do que imaginava.
    O câmbio longo utilizado para Interlagos sobrava no traçado, sendo colocada a quarta marcha, em raros trechos por poucos segundos. Quanto as trocas de marcha, somente a terceira e quarta marchas entravam em ação, assim como fazemos no “templo”. Fim do primeiro treino com um tempo de 01h19min alto na melhor volta.
    Após esse treino pude perceber que apesar dos inúmeros erros e rodadas, o traçado se mostrava seguro, não tão curto e nem um pouco chato contrariando minha primeira impressão. Com tocada muito mais para kart do que para carro, a pista exige demais do piloto e do carro mas o “negro 27”, ficou bem mais no chão com as molas novas, destracionando pouco  na ferradura tão complicada de eu me achar,  mostrando que estamos no caminho certo. A calibragem subiu bastante, dando-nos mais velocidade nos trechos de reta.
    Após alguns ajustes e com a terceira marcha sempre raspando nas reduzidas, antecipando o que aconteceria,  terminamos o segundo treino com a melhor marca do dia até então, 01h18min:230, junto com meu amigo Nenê Finotti que também obteve o mesmo tempo.
    No terceiro tempo, optamos por poupar o carro e não entrar, quando, com a pista mais fria e com a “mão” mais acostumada com o traçado, Nenê cravou 01h17min:900.
    O clima nos boxes era impressionante como sempre. O pessoal de Piracicaba, seu Luis Finotti com os carros clássicos de competição e os demais pilotos transformaram o clima dos boxes, num clima familiar e tranqüilo, com o romantismo do automobilismo de outrora. Saímos da ECPA as 21horas, nos instalamos no hotel e fomos saborear uma das melhores costelas que já comi na vida. Volta pro hotel e cama, que no dia seguinte o dia prometia.
    Acordei às 6 horas, após um sono tranqüilo e merecedor. “Seu” Cláudio Cobeio não roncou como havia me alertado ou se roncou nem vi. Após um café rápido, partimos para a pista.
    Ajustes de praxe, sensor de tempo instalado, calibragem checada, motor roncando, box aberto e partimos para o treino livre cronometrado do dia. Após uma ou duas voltas, consigo pegar uma referencia atrás do piloto Rodrigo Rosset, veterano e experientíssimo no traçado piracicabano apesar da pouca idade, além de excelente pessoa. Com a referência, tudo fica mais fácil. Consigo marcar 01h17min:200, ficando atrás apenas de Rosset no fim dos treinos.
    Aí a coisa se complicou. Ficando com o segundo tempo nos treinos livres, a obrigação de vir com um tempo bom para a largada, começou a me perseguir. Após um tomada de tempo nervosa, com alguns erros bobos, ficamos com o sexto tempo num total de 10 carros. Não consegui esconder minha frustração, mas nada mais poderia ser feito.
    Numa pista com ultrapassagens difíceis e após a opção da maioria em fazer a largada com fila indiana, teria que ter muita paciência se quisesse almejar uma posição melhor no fim da corrida. Largada dada, nenhuma alteração na ordem dos carros. Com o piloto Emanuel Junior na minha frente meu carro vinha bem mais no miolo do circuito, mas quando tirava de lado para tentar a ultrapassagem, o motor da TJ falava muito mais alto que o nosso.
    Após a segunda volta, com os 9 carros embolados (Dito Giannetti, o nosso anfitrião, quebrou antes da largada), venho descendo a reta com “cano cheio” e na hora de frear e reduzir para terceira marcha, a marcha não entra e eu perco a freada, sendo ultrapassado por quase todos do pelotão. Meu cambio havia quebrado, me deixando só com a quarta marcha. Ainda assim, apenas com a quarta marcha, tento ficar na pista, sempre achando que estava fazendo algo errado com a marcha, com a embreagem, enfim, não querendo acreditar que o pior tinha acontecido. Com minha corrida internada na UTI, após a sexta volta, vem o golpe final. A quarta e única marcha funcionando resolve estourar no início da reta, me fazendo chegar apenas no embalo aos boxes.
    Esse foi o resumo do que aconteceu comigo na primeira etapa da Copa Mobil de fórmula Vee. Apesar do insucesso, não perdemos a motivação, pois sabemos que derrotas, quebras e adversidades fazem parte do caminho a ser trilhado para se obter a vitória, que com certeza acontecerá conosco num futuro não tão distante. Aguardem nos próximos textos, o acidente com o piloto Eduardo e a tão polêmica vistoria dos três primeiros colocados.
    Gostaria de terminar os trabalhos hoje, agradecendo aos abnegados do automobilismo como o Sr. Dito Giannetti, que nos recepcionou em sua pista com alegria e competência. Apesar de pequenos imprevistos e alguns poucos atrasos, a pista de Piracicaba é, em sua essência, um traçado muito técnico, dirigida por pessoas competentes e sempre solícitas,  com uma estrutura que atende muito bem as necessidades de quem pratica esse esporte apaixonante que se chama automobilismo.