terça-feira, 20 de setembro de 2011

Acidente nos treinos e polêmica das vistorias

Acidente nos treinos e polêmica das vistorias pós-corrida.

            Para começar a coluna de hoje vamos falar do acidente nos treinos da Sexta-feira, dia 15/09. Como havia dito na coluna anterior, a pista de Piracicaba não permite erros. Diferentemente de Interlagos, aonde a área de escape dá para acabar um tanque de gasolina até o carro parar, na ECPA a coisa é diferente. O muro sempre está perto, mas nada que comprometa a segurança, apenas exige atenção o tempo todo do piloto e expõe ao risco inerente do esporte.
            No início do segundo treino do dia, o piloto Eduardo Moreira, entrou no curvão da entrada da reta principal pela primeira vez, com os pneus ainda frios. Conforme foi contornando a curva o carro foi saindo de frente quase que imperceptivelmente e na junção do fim da curva e entrada da reta, tocou com o pneu traseiro esquerdo na barreira de proteção de pneus. Esse toque de traseira fez o carro ricochetear e bater com o bico no muro da reta do lado esquerdo. A forte pancada refletiu no volante, atingindo a mão do piloto do carro (00) da Vee. Tirando o forte inchaço da mão (fissura em 3 lugares), e a caixa de direção quebrada, nada de mais grave aconteceu, deixando apenas o piloto, de fora da disputa do sábado.
            O segundo assunto dessa coluna fica com a vistoria técnica após a corrida. Com a vitória de Rodrigo Rosset, o segundo lugar de Bruno Leme e o terceiro de André Nohra, o comissário desportivo da FASP presente ao evento, Sr. José Roberto Ricciardi, pediu a desmontagem completa dos motores dos três primeiros para verificação completa da conformidade com o regulamento da categoria. Houve reclamação por parte dos dois primeiros. As equipes dos pilotos Rodrigo Rosset e Bruno Leme alegavam que estavam lá por divertimento e haviam montado o motor na semana que antecedeu a prova e não iriam desmontar o motor novamente, pois isso oneraria demais numa categoria que nasceu com o intuito principal de tornar acessível o automobilismo como esporte. Isso fora o fato de todo trabalho ter que ser executado novamente exigindo competência, paciência e habilidade. Bom, esses foram os fatos que todos que estavam no autódromo de Piracicaba presenciaram. Agora, vamos a análise dos fatos.
            Com relação a primeira alegação dos pilotos fica o seguinte: todos os pilotos que estavam lá foram com o intuito de se divertirem, já que não há que eu saiba nenhum piloto profissional entre nossos concorrentes. A segunda alegação, de caráter monetário, vem abaixo, quando se sabe que o patrocinador principal da Copa, a Mobil, ofereceu premiação aos três primeiros colocados ao término do curto certame. Premiação essa, que se não enriquece nenhum participante, dá com folga para custear os custos de uma remontagem de motor. Quanto ao terceiro quesito alegado pelos pilotos, de que necessitariam de competência, paciência e habilidade para uma nova montagem, sabemos que, tanto a equipe do piloto Rodrigo Rosset quanto a equipe do piloto Bruno Leme, tem esses requisitos de sobra. Fora todas essas defesas das alegações dos pilotos, gostaria de salientar um único detalhe. Mesmo que não houvesse premiação em dinheiro, mesmo que se tratasse de equipes inexperientes, de pouca competência e paciência, ainda assim, ao inscreverem seus carros para alinhar na corrida, assinaram uma ficha de inscrição, na qual se submetiam ao mesmo regulamento da categoria que é utilizado no Campeonato Paulista de Fórmula Vee. Só essa questão, já anula toda e qualquer alegação anterior supra citada.
            Só para finalizar, o carro do piloto Rodrigo Rosset, foi retirado do parque fechado sem a vistoria, o que causou a desclassificação do piloto, tornando o piloto Bruno Leme o vencedor da primeira etapa da Copa Mobil de Fórmula Vee, que, apesar da insistência da não abertura do motor, acabou por fazê-lo, provando que seu carro estava em conformidade com o regulamento no quesito motor. E assim terminou a primeira etapa da Copa Mobil de Formula Vee. Nos vemos em 15 de outubro na segunda etapa, aonde estamos preparando mais ações de marketing por parte do nosso patrocinador para incrementar ainda mais o evento e apimentar a disputa.

2 comentários:

  1. Um relato dos bastidores da vistoria depois da corrida, a Formula Vee Brazil é uma categoria que corre sob a supervisão da FASP, tem o seu próprio regulamento que não se superpõe aos procedimentos da FASP, em ambos os casos é prevista a desmontagem não apenas do motor, mas do carro inteiro. Temos que lembrar que usamos um carro praticamente feito com peças originais standard encontradas em lojas, verificação é rotina e não exceção.
    Houve 7 corridas com verificação de carburadores, balanceiros e cabeçotes, na oitava corrida foram abertos os motores até o último parafuso se revelando que estavam em ordem.
    Compreendemos que no calor da "porfia", como se dizia antigamente, alguns se sintam incomodados por terem que se submeter à vistorias técnicas completas, mas a FASP é soberana e não pode ser questionada em sua autoridade, além da apoiarmos totalmente as atitudes dos Comissários Técnicos. Manda quem pode e obedece que tem juízo.
    Que não se alegue aumento de custos, despesas com verificação de lisura nunca foram custos, é investimento com retorno garantido de imagem que sempre será para o bem de todos, patrocinadores e apoiadores fazem questão disso. Todos terão uma surpresa por parte de um dos apoiadores da categoria que ao ver a seriedade nos autorizou a mudar o procedimento do apoio para o bem de todos.
    O piloto desclassificado tem como atenuante o fato de não estar presente, estava correndo em outra categoria, as decisões foram tomadas por sua equipe e não por êle, evidentemente a sua desclassificação é definitiva, mas acreditamos que o Tribunal da Fasp leve em conta esse fato no julgamento das sanções adicionais.
    A Formula Vee é uma categoria amadora, mas séria, assim como a "Mulher de César", temos que ser honestos, mas isso não basta, também temos que parecer honestos.
    A aplicação da Lei é o que diferencia uma sociedade sadia da barbárie, e ainda há a questão do respeito ao público, aos pilotos e aos nossos patrocinadores que tem que saber que estão atrelando a imagem de suas empresas a coisas feitas com seriedade. Se seriedade incomoda paciência, vai continuar.

    ResponderExcluir
  2. Exceto a equipe que retirou o carro todos agiram de forma correta em nome da lisura do evento que tem tudo para em pouco tempo se tornar um dos mais importantes do país e fica no ar a dúvida a respeito da preparação do carro campeão pois quem não deve não teme e imagino que novos clientes devem pensar duas vezes antes de procurar tais preparadores.

    ResponderExcluir