quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dirigente da Fórmula Vee fala da categoria



Relançada em 2011 pelas mãos de alguns apaixonados por automobilismo, a Fórmula Vee, através de seu dirigente Roberto Zullino, faz um resumo do que foi esse primeiro ano e quais as perspectivas para o futuro


1- O que voce achou do primeiro ano do ressurgimento da Fórmula vee?

Acho que o primeiro ano excedeu às nossas expectativas mais otimistas. Conseguimos fazer um campeonato paulista que termina em dezembro e a Copa Mobil com 3 corridas em Piracicaba dando prêmios aos vencedores. A categoria tem pelo menos 25 carros montados e correndo de um total de produção de 50 chassis e Kits.

2- O que deve mudar no regulamento para o ano que vem?
Muito pouca coisa. Estamos decidindo que venturi usar nos carburadores. Atualmente usamos 22 mm e estamos decidindo para 24 ou 26 mm. Os amortecedores traseiros e molas estão sendo desenvolvidos por um especialista para que tenhamos um equipamento adequado dentro dos parâmetros de custo da categoria. Não podemos produzir alterações muito grandes, isso pode tirar as equipes de rumo, pois quando se mexe em muita coisa é arriscado e não queremos aumentar os custos e nem tumultuar muito. Além disso, temos carros correndo, carros sendo feitos, pilotos e equipes fortes e experientes, mas muitos pilotos e equipes por estrear. Uma das coisas que dificulta é a ausência de datas em Interlagos para treinos livres e no final a kilometragem de testes e acertos é feita nos dias da corrida. o que não é o ideal.


3- Quando vamos ter campeonatos em outros estados? E quais os estados que mais tem procurado?

Estamos estudando franquear a categoria para outros estados. O modelo básico é muito simples. A empresa franqueada teria que se entender com a Federação e Clubes do Estado, arregimentar os pilotos e encomendar os Kits. O regulamento tem que ser seguido à risca para que possamos fazer um torneio que reuniria os melhores de cada estado. Já fomos procurados por interessados do Paraná, RS, Bahia, Minas, Goiás e DF. Os parâmetros de custo da Formula Vee são muito acessíveis e isso a torna atraente, além da simplicidade e robustez da mecânica. Um dado interessante é que muitos falam que o motor VW a ar custa caro e quebra. Pois bem, os pilotos recebem a carcaça do motor gratuitamente da RIMA e motores 1600 não quebram, pois o nosso grau de preparação é muito pequeno.

4- Explique a Copa Mobil de Fórmula Vee?

A Copa Mobil de Formula Vee é um campeonato de 3 corridas disputadas no Autódromo do ECPA em Piracicaba. Achamos interessante se aproveitar o fechamento de Interlagos por causa da Formula 1. A bem da verdade desconfiamos que o público alvo esteja no interior do estado. A Copa Mobil é nosso segundo campeonato no primeiro ano de existência e graças ao patrocínio da Mobil pudemos oferecer prêmios aos participantes: Campeão R$ 3 mil, Vice R$ 2 mil e terceiro R$ 1 mil.
A primeira prova da Copa Mobil de Formula Vee ocorreu em Setembro passado, a segunda será dia 14/15 de Outubro e a final será dia 02/03 de Dezembro.
Com o patrocínio da Mobil pudemos oferecer prêmios para os pilotos, acho que isso não é inédito, mas não lembro quando pilotos tiveram prêmio aqui.

5- O que é, para voce, a Fórmula Vee?

A Formula Vee é a realização de um sonho conceitual. Estive a vida inteira metido em corridas de moto e carro e sei quanto custam essas coisas. Acho que não precisa se gastar rios de dinheiro para se ter a emoção de pilotar um formula em Interlagos. Tive essa impressão reforçada quando andei nos fórmulas do Museu do Automobilismo Brasileiro dirigido pelo Paulo Trevisan em Passo Fundo. Andei em Guaporé, uma pista linda, com o Fitti-Vê, Kaiman FFiat (um Formula Vee com motor Fiat) e no FFord do Barichello. O carro que mais gostei é justamente o que tem menos motor,o Fitti Vê. Com um motor 1200 de uns 40/50 cavalos no máximo ele é um carro em que qualquer um se sente um Jim Clark dentro dele. É um carro muito simples, bem feito e muito equilibrado e um osso duro para se passar. O conceito de um carro acessível e de desempenho bom foi capital no desenvolvimento do chassis Naja 01 da Formula Vee e acho que conseguimos simplificar as coisas o máximo possível para nos mantermos dentro de faixas de custo e investimento e operação razoáveis.
No entanto, para se ter um empreendimento sustentável apenas o carro não basta. Temos que nos tornar uma ferramenta de marketing para empresas. Uma corrida de Formula Vee é sempre emocionante para o público, pois a igualdade entre os carros permite disputa que é o que o público quer ver. Se tivermos público, mesmo que pequeno porém segmentado, seremos atraentes como ferramenta de marketing. Agora essa é a nossa missão, tornar a Formula Vee atraente para investimentos de marketing de empresas. A empresa Formula Vee tem como princípio distribuir parte de suas receitas líquidas aos pilotos/equipes. O objetivo é ajudar a equilibrar as contas e garantir a participação deles de maneira sustentável.

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